segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Vileza

Eu não deveria ser patética
Tenho atributos suficientes para ser grande
E muitos até acham que sou!
(parecem não desconfiar da minha ridícula condição)

Eu não devia ser tão ínfima
Não sou mesquinha nem burra
Os mais perceptivos me admiram pela generosidade,
pela abnegação...
Sou nobre, embora de modos simples

Eu não devia ser tão pouco
De tanto que poderia ser

Mas ocorre que tenho defeito incorrigível
Que ultrapassa o medo, a fraqueza
e até a ignorância
Tenho defeito indigno de perdão a qualquer deus
e desprezado por anjos, demônios e poetas

Eu não devia ser tão vil
Mas padeço da pior de todas as desgraças:
pertenço à miserável raça humana!

Um comentário:

  1. Há humanidade
    na humanidade?
    Onde há humanidade
    na humanidade?
    Qual a humanidade
    da humanidade?
    ...
    Somos errados
    certos
    dubios
    falsos
    sinceros
    somos defeitos
    e qualidades
    ...
    Somos humanos?
    Ou uma raça
    de animais
    que auto intitulam
    superiores?
    ...
    Não sei
    somos apenas
    animais
    politicos
    sociais
    artistas...
    somos animais

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