quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Aviso aos navegantes!


Jovens, interrompo as postagens poéticas para um comunicado importante... o "Botando o verso no trombone" acaba de receber um SELO!!! Viva!!!!
... E, pelas regras, devo indicar outros 10 blogs, comunicá-los, e citar 5 coisas de que gosto (adorei!).
Como o selo veio do meu presidente* Ramon Fonseca (blog "Os sonhos não envelhecem"), não posso negar o encaminhamento! rsrs Então segue:


Blogs (a ordem dos fatores não altera o produto):

1. Janela sobre a palavra - Renatinha Mielli (jornalista, e uma referência para mim)

2. Blog do Miro - Altamiro Borges (idem Renatinha)

3. Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim (dispensa apresentações)

4. Fatos Sociais - Théo Machado (militante da UJS-RJ)

5. Blog do Ivo - Os meninos e o povo no poder - Ivo Braga (diretor da UBES no Ceará)

6. Cozinha do NoSense - Michael Genofre (militante do PCdoB - PR)

7. DêLírios Líricos - Rubinho Berenger (um grande poeta, e muito querido)

8. Luzes Laterais - também é do Rubinho

9. UEE-MG - União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais - É claaarooooo!!! Não podia faltar! ;)

10. UCMG - União Colegial de Minas Gerais (viva os secundas!)
5 coisas de que gosto (putz! só 5?):

- Amigos-queridos-que-já-fazem-parte-da-minha-família-de-tão-queridos
- Textos, palavras, verso e afins
- Morango com chocolate
- Dançar
- Ver que muitas pessoas leram o que escrevi e deixaram até comentários!
(rsrs... quase um apelo!)

Bom, é isso... e, a propósito, sobre o asterisco lá em cima:

*Ramon Fonseca foi presidente da UEE-MG entre 2002 e 2004 e pela liderança que sempre exerceu, pela referência política que se tornou para mim e pelo carinho que tenho por este jovem, será sempre meu presidente!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Momento

Quando absolutamente todas as palavras que pronuncio soam fúteis
e a avalanche que me atordoa a cabeça é constituída de pensamentos rasos, ridículos
Há apenas um momento que me faz achar magnífico
ser esta frágil junção de vísceras, sangue e pele...

Um momento tão natural quanto grandioso
e tão necessário quanto desejado...

A palavra paz

É neste momento em que a ausência pesa como morte...
insuportável, gera dor física

É quando os sentidos parecem não funcionar para o mundo

Funcionam apenas para agudizar uma dor pungente
que, vindo da alma, toma absolutamente todos os músculos
e os retorce

É neste preciso momento que um certo sorriso me arrebata

e me lança contra a parede da saudade

A violência do encontro

faz respingar mil beijos calorosos
em cada expressão da sua face risonha

E, passada a intensidade,

Vem o momento
em que o verbete "paz" adquire um sentido
que extrapola a burocracia do Aurélio

Primavera

A tristeza desse frio que me corta a esperança de um novo verão
A leveza dessa primavera triste, presa entre o tórrido e o gélido dos dias
A destreza dessa vida infame, tão fulgaz quanto supérflua


Ai de mim que não sou verão ensolarado

Que como primavera me apresento frágil
e hipocritamente alegre


Ai de mim que nunca soube o que é alegria

e que dela dependo para sobreviver

domingo, 16 de agosto de 2009

Saudade tem gosto de melancia

A melancia hoje tinha sabor de saudade
O pão, a nata, a geléia de goiaba
Até as cadeiras e a mesa que não balançou para derrubar meu leite da xícara
Tudo, absolutamente tudo, tem gosto, jeito e cheiro de saudade

Mas uma saudade gostosa, sem angústia ou ansiedade
Recheada de sorrisos que rolam e se espreguiçam sobre as lembranças
Uma saudade que não carrega a tristeza da distância, mas a cumplicidade do encontro

Que se regojiza ouvindo músicas, lendo poemas, vendo fotos, provando sabores familiares
E que até em novas experiências de sabores, sons e cores encontra espaço para lembranças

Entretanto, por mais deliciosa que seja essa minha saudade,
Ainda é saudade...!
E por isso carrega em si a contradição de ser ao mesmo tempo alegre e triste

Por isso, depois que enviar todas as suas músicas
Depois de lhe enviar todos os meus poemas
Depois de ver e rever repetidas vezes todas as fotos,
Venha ao meu encontro

Pegue carona nos meus sonhos ou numa nuvem passageira
Venha pelo leito de um rio, ou de um riso
Mas venha

Pois a xícara de leite não derramado,
o som da água que milagrosamente cai do alto das pedras,
e a minha cumplicidade,
Já estão com saudade

Jurema

Jurema é engraçada
Faz poema e não fala de amor

Jurema, tão alegre, parece amarga

Só faz poesia xingando a humanidade
Falando de decadência, medocridade e afins

Jurema é gozada

Vive romantismo e escreve realismo

Ê Jurema...!

Olha que a vida dá o troco, heim!?

Meu silêncio

O silêncio ensurdece
O grito liberta

O silêncio mata... e salva
O grito explode

O silêncio espera
O grito desespera

Meu silêncio não traz paz
É agitado, nervoso e torturante
Meu silêncio não tem serenidade ou
tranqüilidade

E meu grito... é de alívio!