domingo, 16 de agosto de 2009

Saudade tem gosto de melancia

A melancia hoje tinha sabor de saudade
O pão, a nata, a geléia de goiaba
Até as cadeiras e a mesa que não balançou para derrubar meu leite da xícara
Tudo, absolutamente tudo, tem gosto, jeito e cheiro de saudade

Mas uma saudade gostosa, sem angústia ou ansiedade
Recheada de sorrisos que rolam e se espreguiçam sobre as lembranças
Uma saudade que não carrega a tristeza da distância, mas a cumplicidade do encontro

Que se regojiza ouvindo músicas, lendo poemas, vendo fotos, provando sabores familiares
E que até em novas experiências de sabores, sons e cores encontra espaço para lembranças

Entretanto, por mais deliciosa que seja essa minha saudade,
Ainda é saudade...!
E por isso carrega em si a contradição de ser ao mesmo tempo alegre e triste

Por isso, depois que enviar todas as suas músicas
Depois de lhe enviar todos os meus poemas
Depois de ver e rever repetidas vezes todas as fotos,
Venha ao meu encontro

Pegue carona nos meus sonhos ou numa nuvem passageira
Venha pelo leito de um rio, ou de um riso
Mas venha

Pois a xícara de leite não derramado,
o som da água que milagrosamente cai do alto das pedras,
e a minha cumplicidade,
Já estão com saudade

2 comentários:

  1. Quato podemos reduzir uma poesia com comentarios e elogios e criticas?
    Quanto?
    Quanto vale um quilo de poesia?
    Ou uma poesia?
    Indefinível
    Indescritível
    Invendável
    ...
    Podemos dialogar
    Numa conversa d'almas
    Ao ler-me
    Em ti
    Em tuas letras.

    Beijos! Continue sua escrita

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  2. Lu, você é uma persona mui querida...morro de saudade.

    Vou comer melancia pensando em ti. (como nunca pensei nisso antes!?)

    Adoro-te
    Bjos Dadá, Nem ou Dali

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