segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Olhos verdes dos meus olhos

Saudosa quimera já era o furor
Esse catalisador de lascívia e ternura
Sintetizador de sentimentos e sensações

Carregava o fardo de dias pardos
Ocres e acinzentados
Cobrindo de poeira e mofo a beleza de gostar
Secando o viço latejante do sorriso aberto

Então me veio seu olhar
Sorrateiro e a miúde
Se esgueirando entre montanhas e muros
Sem estrondo, sem pressa, sem rumo
Como uma aventura (inteiramente nova...!)

E foi ali
No profundo dos olhos verdes dos meus olhos
Que encontrei o furor perdido
(Arrebatada, assisto meu vermelho se rir por inteiro em ti)