sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sou teu demônio

Sou essa que desperta o que há de pior em ti
tudo que há de mais baixo e grotesco
Sou eu quem explora e expõe tua imundície,

tua imoralidade e tua indecência

Jogo tua vileza, tua violência e toda a tua maldade

contra teu peito
e faço com que cada sentimento mesquinho

se espalhe por tuas entranhas

Desta forma te decifro, apresento-te a ti mesmo
e à tua ridícula condição humana
Sou aquela que te descobre

e que explora absolutamente tudo em ti
que te conhece pelo que tens de mais abominável
que suga cada detalhe sórdido de tua insignificante existência

Sou eu quem absorve toda a tua decadência
Que reviro teu inferno e me entreto e me sacio

com teu desprezo pelo bom e o justo

Sou o demônio da tua cumplicidade contigo mesmo e com o mundo
Que te devora e depois te devolve pior
e melhor...!

Como demônio me alimento dos teus pecados,
teus excessos e tua carne podre

Pela minha natureza abjeta, ninguém me alimenta mais do que ti
Ninguém é mais cúmplice de tuas fraquezas e da tua fúria
Ninguém ama mais a intimidade de tua patética alcova mundana

Sou essa que despreza tudo que há em ti
E que vaga em busca dos teus vermes de pior aspecto

Pois sou demônio que vive de se alimentar desta tua cumplicidade com a realidade decadente do mundo

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