sábado, 26 de setembro de 2009

Ansiedade

Minha ansiedade é um saco sem fundo
Um saco de areia...
a cada caneca que se retira,
há mais um balde por esvaziar

Ainda que minha ansiedade seja de mau agouro,
tem a eternidade austera das coisas sacras
Tem a persistência de um trabalhador,
um brasileiro trabalhador

Minha ansiedade é crônica
quase compulsória
E é aguda...
insistente e estridente
qual pirraça de menino

Minha ansiedade é a minha condenação,
por ambicionar do mundo mais intensidade
do que a minha própria poesia pode suportar...!

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