segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A ansiedade das multidões (2)

Sim, indubitavelmente, o que sinto

é a ansiedade das multidões!

De que outra forma possso descrever
este turbilhão desordenado
de desespero e esperança?


Não é sentimento para um homem só...
Não cabe, não pode caber!

É a ansiedade das multidões
que me invade e arrebata
Que me joga de encontro
à decadente realidade do mundo

E me suga de volta ao inferno das possibilidades
milhões e trilhões de possibilidades frustradas!
Infinitas...


Infinita ansiedade
que tumultua meu reduzido universo
e o expande
com fórceps, com força
com a intensidade das multidões ansiosas...


As multidões anseiam respostas.
Embora talvez nem saibam exatamente a que perguntas...!

Um comentário:

  1. É a ansiosa solicitude da vida!
    Lindo poema,me lembou "mãos dadas" do Drumond.
    Abs!

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