Tenho saudade dos meus sentimentos
Dos mais pulsantes aos mais opacos
débeis e vexaminosos
Tenho saudade de mim
Apartada dos vermelhos e ocres das minhas febres
sigo pelos dias ansiosa e vazia
como uma moribunda saudável...
Apartada de mim
Busco refúgio na sordidez humana
Tão mais bela quanto mais estúpida
destilando teorias e vilezas num mesmo discurso redentor
Refugio-me em mim
E quando finalmente se me apresenta o abismo
despenco furiosamente rumo à liberdade
Com a cabeça à frente do corpo delicio-me na queda
mesmo sabendo que encontrarei concreto no fim
Se achas que o concreto é o fim
ResponderExcluirtalvez seja somente o recomeço
pois quando por algo tens apreço
não pode ser nossa vida tão ruim
Liberdade para nós não é a TIM
mas talvez seja um viver sem fronteiras
escapando diariamente das rasteiras
que sofremos enquanto nós caminhamos
Importante é saber que nos amamos
em uma vida de eternas brincadeiras.
Xero Grande,
Flávio Renato.