quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Concreto

Tenho saudade dos meus sentimentos
Dos mais pulsantes aos mais opacos
débeis e vexaminosos
Tenho saudade de mim

Apartada dos vermelhos e ocres das minhas febres
sigo pelos dias ansiosa e vazia
como uma moribunda saudável...
Apartada de mim

Busco refúgio na sordidez humana
Tão mais bela quanto mais estúpida
destilando teorias e vilezas num mesmo discurso redentor
Refugio-me em mim

E quando finalmente se me apresenta o abismo
despenco furiosamente rumo à liberdade
Com a cabeça à frente do corpo delicio-me na queda
mesmo sabendo que encontrarei concreto no fim

Um comentário:

  1. Se achas que o concreto é o fim
    talvez seja somente o recomeço
    pois quando por algo tens apreço
    não pode ser nossa vida tão ruim
    Liberdade para nós não é a TIM
    mas talvez seja um viver sem fronteiras
    escapando diariamente das rasteiras
    que sofremos enquanto nós caminhamos
    Importante é saber que nos amamos
    em uma vida de eternas brincadeiras.


    Xero Grande,
    Flávio Renato.

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