segunda-feira, 8 de março de 2010
Sangue, vísceras e cartilagem
Não tenho gosto refinado
Das coisas suaves e amenas
Com toques e pitadas pequenas
De absoluta futilidade
Tenho, antes, sabor intenso
E um gosto quase depravado
Imoral, chulo,
Violento e desumanizado
Tenho gosto pelas entranhas,
por coisas estranhas...
Sangue, vísceras e cartilagem
Meu reino por tua língua!
Tua língua em minha malandragem
Tenho gosto pelo teu gosto
ácido, doce e salgado
Tenho o rosto sobre teu rosto
teu sorriso, teu semblante cansado
Desaba sobre mim
Inteiro, franco e amado
Expõe ao mundo
Conta à vida
Avisa a todos
Que não se nega o meu chamado
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Feliz aniversário moça bonita.
ResponderExcluirBeijos mineiros,
Ramon Fonseca
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNo gosto
ResponderExcluirexposto
exponho
enfadonho
meu feitiche
do futil ao violento
do suave ao carnal
me inspiro e tento
ser mais viceral.
Tem retroinspiração
retrô piração
re inspiração
inspiração
ou só piração
num belo ou feio
ou simplesmente existente
Jardim Improvável
numa luz lateral
Muito bom este! Parabéns pelo blog! Ah, e visite o meu... também tenho andado atrás de versos e imagens que me digam e digam de mim algo mais. Abs! www.daniela-versieux.blogspot.com
ResponderExcluirQue bonito. Adorei.
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