sábado, 16 de julho de 2011
Rasante
Quando te falei para voar, queria mesmo era ir contigo... para bem longe de todo esse peso que acinzenta a vida e amarela o sorriso.
Mas ficaria feliz em apenas admirar o teu voo e torcer que ele fosse libertador para ti - caso a minha companhia fosse bagagem ruim de carregar.
Às duas alternativas, criaste uma terceira. Resolveste voar escondido... e de lá de cima despejaste um bom naco da tua podridão sobre a cabeça de quem te impulsionou.
Espero que entre rasantes e planagens consiga encontrar teu rumo e a viagem te faça melhor do que és hoje.
Quanto a mim, caso interesse, ainda estou tentando me livrar do mau cheiro que deixaste... para em seguida desenhar com liberdade o meu próprio plano de voo.
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