sábado, 28 de novembro de 2009

Turba




Tantos e tão surpéfluos...
Com seus cotidianos mesquinhamente grandiosos
E seus feitos absurdamente comuns

E falam, falam, gritam e vociferam
absolutamente nada

Cansei da turba que se impõe escandalosa
Mil vezes o silêncio estrondoso da tua poesia...!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Soneto para Luana...

Porque a Nah é linda...! E ela escreveu:



Minas Gerais
Meninas Gerais
São Paulo
Não tem santo que a segure
Capixaba
Sim ela é assim
Em qualquer lugar no Brasil
Ela é sim
Nunca não
Luana Bonone
Lua
Ana
Bono
One
Uma
Única
Bela
Flor bela
Flor dela
Ela
Flor do Brasil
Mulher do dia
Amante da noite
Força
Inteligência
Coragem
História
Mulher do samba
Menina do forró
Aquece qualquer noite
Porque tem o borogodó
Foi só pra rimar...
Mas verdade seja dita
De todas, ela é a mais bonita.
Essa não foi para rimar
Mas falando a verdade
O xodó dela é o Ceará
Ela bem sabe
E não quer declarar
Que de todos os encantos
O que ela mais deseja
É o Ceará!
Brincadeira
Ela é do Brasil
E o Brasil é dela
Ela tudo pode
Ela tudo faz
Merece essa singela homenagem
Porque é uma mulher capaz
Amo você Luana
Amo sua amizade
Segue teu caminho de LUz...

Nah do Ceará



(agora fiquei encabulada... rsrs... mas achei tão lindinho ela escrever, então tá aí!)

sábado, 21 de novembro de 2009

Fragmento de chuva


Haja chuva para alimentar toda essa vontade,
com o ruído sereno que nos envolve quando,
matreira,
ela desce do céu
anunciando a alegria do sol em férias

domingo, 15 de novembro de 2009

Poesia da Vida




Queria a estrofe de um forró
Para singela e doce falar do meu amor
Um só verso de qualquer Vinícius
Para a grandiosidade do que quero sentir

Quero a sensibilidade de olhos verdes
Que adentra a alma feminina
E desvenda o Brasil
Como só um Francisco pode desaguar

Quero enfim arrebatar a vida e as paixões
Na estrela de Clarice
No sofrimento de Florbela
Na simplicidade de Cora
E na emancipação de Elisa

Quero guardar em mim
Todos os sentimentos drumonianos
E libertar versos a cada poesia vivida

terça-feira, 10 de novembro de 2009

FAMÍLIA INOCENTE


Pois meu irmão também resolveu escrever... e eu fiquei absolutamente encantada com a sensibilidade dele, portanto, divido-a com o mundo! (imagem: "A família", de Tarsila do Amaral, 1925)



"FAMÍLIA INOCENTE


Sempre achei que a inocência fosse uma das características infantis a serem preservadas pelos adultos. De repente percebi que minha família é assim.

O pai feliz porque o mundo é belo e prefere sempre confiar primeiro em quem quer que seja. Êta monte de amigos.

A mãe acredita que a felicidade está nas pequenas coisas e esconde alguns pensamentos e sentimentos achando que outros não irão percebê-la.

Toda essa inocência reflete nos filhos, parece espelho, e contagia quem está em volta.

O filho mais velho acha que sabe tudo sobre tudo, que pode mudar o mundo, ainda que não assuma, e também tem um monte de amigos.

O filho do meio adora confiar nos outros, mesmo sabendo que o ser humano é “pouco confiável”, e muitas vezes demoooora para entender a piada ou situação!!

Já a filha mais nova acredita e luta com todas as suas forças, são muitas, para fazer o que é certo e mudar o rumo de uma nação, quem sabe do mundo, mesmo sabendo que a essência humana de fazer primeiro para si jamais mudará.

A nora, recém chegada e muito amada por todos, vem de uma família igualmente inocente. Ela também acha que a felicidade está na simplicidade.

Todos, ainda, exibem algumas características de inocência em comum. Acreditam, lutam, falam, têm uma gostosa teimosia sobre seus pensamentos e AMAM.

Esta manifestação de pensamento (amor) pode parecer romântica e até que a inocência seja algo ruim ou que o mundo não tem mais jeito. Mas tentem pensar em um mundo mais inocente, um mundo de crianças. Acho que seria bem melhor.

A inocência é um dos reflexos do amor.

Sim, podemos mudar o mundo.

Rafael Meneguelli Bonone"
 
Saudades!!!! Corujamente,




Luana Bonone

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Vileza

Eu não deveria ser patética
Tenho atributos suficientes para ser grande
E muitos até acham que sou!
(parecem não desconfiar da minha ridícula condição)

Eu não devia ser tão ínfima
Não sou mesquinha nem burra
Os mais perceptivos me admiram pela generosidade,
pela abnegação...
Sou nobre, embora de modos simples

Eu não devia ser tão pouco
De tanto que poderia ser

Mas ocorre que tenho defeito incorrigível
Que ultrapassa o medo, a fraqueza
e até a ignorância
Tenho defeito indigno de perdão a qualquer deus
e desprezado por anjos, demônios e poetas

Eu não devia ser tão vil
Mas padeço da pior de todas as desgraças:
pertenço à miserável raça humana!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Barbas da sensibilidade

Lateralmente me aprofundo na verticalidade do seu sentimento-abismo
Ouço seu grito desesperado perdido em meio à essência das coisas
E subitamente percebo o vermelho da sua imagem a pisotear virtudes e conselhos

Em um movimento brusco e delicado,
Subo às cordas da razão e sacudo as barbas da sensibilidade
Enquanto continua dedicado a massacrar moralidade e decência
Vitimando irremediavelmente toda a hipocrisia
E conferindo ao mundo mais liberdade

Emancipada e plena, sigo em busca do indivíduo que me tornei
Atropelando toda a vulgaridade que o mundo valoriza e deifica
Abandonando tudo aquilo que me lembra quem eu não quero ser mais
Tudo o que me faz pálida e cinza

Ao seu lado, assumo minha condição mais selvagem
E primitivamente aguço olhar, olfato e visão
Enquanto me ensina e aprende a revoltar o mundo e a si mesmo
Encontro a humanidade que não conhecia e da qual tanta saudade sentia

Ao seu lado, tenho instintos, sangue e vísceras
Tenho medo da morte e nenhuma certeza na vida
Perco razão, valores e sobretudo a moral.
E de repente percebo que nunca fui tão humana...!